Linhas Cruzadas

A bela da música Portuguesa a animar a varanda fantasma.

Invejas

Ao ler a revista do i desta semana, que nos falava da inveja, pensei aquilo que eu invejo mesmo. E sou forçado a chegar à conclusão de uma moça brasileira que lá escreve,cujo o nome não me ocorre. Eu invejo as vidas perfeitas dos outros. A de quem não se preocupa, de quem aceita o que tem, no fundo, a vida de quem não inveja. Se houvesse um quantificador de felicidade, ele devia medir a quantidade de inveja que temos. Quanto menos, mais felizes. Porque a inveja é a fraqueza dos fortes. Mas, para mim, que não me considero um dos fortes, a inveja é só uma mesquinhez que me envergonha. E no fundo, invejo quem não inveja. Que merda de contradição.

Varandas do Sahara

Para os que procuram um oasis...

O ECD e a FENPROF

- Ó Maria, a FENPROF veio dizer que vai entrar o ano lectivo 2009-2010 em contestação... vê lá se os calas, olha que as eleições tão aí à porta, pá.
- Zézinho, tem lá calma... a esta hora nem que tivessem aí ao portão as ganhávamos.

O Luxo

Nunca nada me fez tanta confusão, me tornou tão desconfortável como o luxo. Acho-o incómodo, maçador e vergonhoso. Ao estar num sítio onde quase impera o luxo, apesar de não ser um luxo de sítio para se estar, faz-me pensar na sua verdadeira utilidade. E sou forçado a concluir que o luxo foi feito para encher corações vazios de coisas estranhas. Coisas extravagantes, sem sentido nem uso, que não façam lembrar nada daquilo que é a verdadeira felicidade. Pois essa sim é um luxo só ao alcance de um pequena minoria.

Os Cornos

Agarrar o touro pelos cornos. Eis uma expressão que muito me apraz, não só por ser um amante da tourada, mas porque me parece algo que não é muito tuga. Gostamos mais de apanhar o touro desprevenido, já com uns copos bem bebidos, para lhe dizer que afinal a camisa cor-de-rosa não é nada fashion, é apenas ordinária e amaricada. Serve isto para falar do senhor Pinho. O senhor Pinho para quem não sabe, é um senhor que aparece na televisão a dizer que os empresários chineses devem investir em Portugal porque a mão de obra cá é mais barata, ou outras pérolas como o anúncio oficial do fim da crise, que os sacanas do FMI, OCDE, Banco Mundial e outros mais desmentem diariamente. O senhor Pinho hoje, numa rara epifania, fez uns "chifres", como gosta de dizer a comunicação social, aos deputados do PCP, enquanto vociferava algumas palavras que infelizmente não nos foram dadas a ouvir. Logo surge o Cabo, para lhe pegar os cornos e o demitir. Aplauso de pé da bancada socialista. Estava consumada a pega e finalizada a tourada. E com ela, suspeito que o Cabo, o touro e restantes protagonistas foram para férias com a sensação que não voltarão a ter arena.

Para arrepiar um bocadinho

Concerto de Homenagem a Freddie Mercury, pouco tempo depois da sua morte.

Exames e afinses

Caros frequentadores da varanda:

Venho por este modo penitenciar-me pela falta de actividade e manutenção do espaço. Não servindo isto de desculpa, devo dizer que me encontro em época de exames e afinses. Desde já me disponho para sofrer castigos corporais (i) morais, apedrejamento incluído, por este capital pecado. Respeitosos cumprimentos.

João

Peversas sebentas médicas..

"As boas explicações, como os bons bikinis, devem ser pequenas, chamativas e cobrir as áreas essenciais" Ou então não...

Em tempos de exames, ela anda por aqui.

Em tempos de exames, eles deviam andar aí...

Estabilidade hegemónica

pois é... estive ausente da varanda por uns tempos, some might say que ainda estou e estarei para sempre porque vos abandonei em busca de outros prazeres, no entanto aqui vai mais um testemunho, daqueles q me parecem dignos de partilhar com o pessoal que observa o rio com outros olhos.

à tempos, enquanto lia umas coisinhas sobre relações Internacionais, deparei-me com um termo que já conhecia, mas ao qual nunca tinha dedicado o esforço conjunto dos meus dois neurónios. O periodo pós guerra fria, foi dominado por uma relativa estabilidade da ordem internacional fundada na aceitação do poderio superior dos E.U.A em todas as areas que caracterizam o poder de um Estado. Actualmente, essa hegemonia ainda aceite por alguns, é notável em algumas àreas, mas desvanece em outras. O colosso começa a cair perante potencias emergentes e contestatárias face à ordem internacional. A ordem internacional está a mudar, e a ultima vez quem o sistema não foi hegemónico, foi durante a guerra fria. o sistema bilateral que se vivia, só por um triz, não deu origem à terceira guerra mundial que segundo Einstein, será a ultima guerra com a qual a Humanidade se confrontará. Crise económica, terrorismo, estados párie, multilateralismo, tentativas de afirmação de poder, Coreia do Norte, Irão, China, Rússia, comunismo?!...

só porque estou farto de ouvir falar no engenheiro, sem ofensa JNM, fica aqui um novo tópico de reflexão na varanda... Será que se avizinham tempos de paz, ou devemos estar prontos para tempos difíceis?

"Sem eira nem beira"

Neste país à beira mar plantado, ainda há homens irreverentes?

A resposta é obviamente sim e esses são os Xutos.

Vale a pena ouvir a música! Abaixo o Sr. Engenheiro!

Provedor da (In)Justiça

José Sócrates tem vindo a pedir insistentemente uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas. Até há umas semanas atrás, não poderia estar mais em desacordo.
Mas, toda esta 'palhaçada' em torno da eleição do novo Provedor da Justiça só lhe vem dar mais argumentos em favor de uma maioria absoluta no Parlamento a partir das próximas EE! Está prestes a fechar a actual legislatura e as bancadas parlamentares permanecem fiéis a si mesmas, isto é, aprisionadas por casmurrices partidárias e muito pouco atentas aos desígnios do país.
Hoje, tal como José Sócrates, peço uma maioria absoluta nas próximas EE...mas não a dos socialistas, nem a dos sociais-democratas, nem tão pouco a dos bloquistas ou dos comunistas, nem a dos democrata-cristãos. Simplesmente, peço a maioria absoluta da democracia.

Quando havemus prvetorem iustitiae!?

Nao querendo que isto pareça uma rádio em vez de um blogue

Grande, grande e grande. Nada como o prazer da redescoberta.